Em post anterior, Bancos de Spread e Bancos de Risco, foram apontadas considerações sobre o processo de transformação de um tipo de banco em outro. Basicamente, a cultura sobre o uso de derivativos.O objetivo, agora, é outro. Discutir sobre o timing.Timing é um componente tão importante quanto a própria decisão pela estratégia em si. É necessário acertar ambos (ou errar pouco no conjunto): timing e estratégia.
Abandonar o perfil de banco de risco, com o padrão de captar num fator de risco e emprestar em outro, é a estratégia.
Decidir quando fazer, é o timing.
O gráfico acima representa o histórico da meta SELIC estabelecida pelo COPOM (COmitê de POlítica Monetária) para controle da inflação. Desconsiderando o descasamento entre a decisão da meta pelo comitê e inflação real, é possível perceber que os patamares atuais da SELIC representam uma segunda oportunidade de timing. Este é o recall.
Comparando as situações econômica de 2013 com 2017, há dados para refletir se estamos num cenário de maior ou menor incerteza. Vale mencionar alguns breves fatos.
Sobre estes breves fatos, vale ainda acrescentar que 2018 é um ano de incertezas políticas grandes, reformar dúbias, inócuas e algumas temerárias.Como talvez alguns concordem, o cenário é de mais do que incerteza. Alguns pontos ainda permanecem obscuros, como o dólar. Está tão estável que convence os discordantes de que a situação não é como os números mostram. O futuro dirá.Para os concordantes, e, novamente desconsiderando o descasamento meta e inflação, a hora é agora. Este é um dos raros momentos do qual nos arrependeremos no futuro se não observarmos. É uma grande oportunidade de alinhamento econômico e estratégico para bancos decididos em reduzir seu risco e virarem bancos de spread.Este recall vale por tempo determinado.