Em dia de COPOM temos mudança de direção do mercado apenas para março. Veja abaixo:
Utilizando os dados de fechamento de mercado coletados no dia 12 de Dezembro, as expectativas de mercado foram:
Taxa SELIC atual: 12,25% a.a.
Decisão de Dezembro/23:
Decisão de Janeiro/23:
Decisão de Março/24:
O mercado na data de ontém manteve seu posicionamento alinhado de que hoje o COPOM decidira por uma taxa de apenas meio por cento na Selic. Assim, para o ano que vem não temos mais as promessas especificas de direção do COPOM e o mercado especula um pouco mais.
Essa especulação se apresenta já para janeiro, com metade do mercado desde semana passada apontando em redução da Selic de 0,5 enquanto a outra metade aponta 0,75. Isso nos diz que metade vai perder muito dinheiro, qual, teremos que aguardar para ver.
Para março tivemos a maior movimentação do mercado, onde antes o mercado estava dividido entre uma redução de 1 ponto percentual ou 0,75, agora 90% esta apontando numa redução de 0,75 enquanto 10% esperam a mesma corriqueira redução de 0,5 como desse ano. Assim vemos que o mercado esta considerando que o COPOM vai acelerar a redução, como tantas vezes se acreditou. Hoje não há dúvida da redução de 0,5 e fecharemos o ano com 11,75 de taxa.
Após 2 anos de acompanhamento, este é o 4° e último post sobre risco de base de inflação, entre IPCA e IGP-M.
[Jan -2021] O início evidenciou o descolamento entre os índices de inflação IPCA e IGP-M. Isto é relativamente normal, haja vista a composição e metodologia de cada índice. Mesmo que um índice descole em relação ao outro (risco de base), a tendência ainda é de convergência. Afinal, é tudo inflação.
[Nov-2021] A primeira premissa foi de um retorno para a normalidade do risco de base entre os índices com um palpite inicial de velocidade de retorno igual à velocidade de descolamento. Ou seja, um "V" simétrico que representaria um IPCA anual de 10,5% ao ano, por 3 anos seguintes.
[Nov-2022] Um ano após a premissa inicial, o descolamento já dava o formato de sua trajetória de retorno. Seria ainda um "V", mas assimétrico, com uma inflação, a partir de Nov/22, de 8% ao ano por mais 3 anos.
Agora, ao final de 2023, a tendência continua a mesma. O IPCA permanece no "tubulão" de 8% ao ano do "V" assimétrico, com um comportamento mais suave em resposta a um IGP-M que devolve um pouco da sua inflação, muito por conta do recuo do dólar americano dos patamares recordes de 2022.
Os mais otimistas podem dizer que o IPCA furou o "tubulão de 8" no limite inferior, mas a tendência geral permanece. Ou seja, ainda falta IPCA para chegar.
Este retorno do IPCA para a base de medição do IGP-M pode ser um dos motivos de cautela que o COPOM (CÔmite de POlítica Monetária) vem tendo nos ajustes de taxa SELIC. Mas este efeito inflacionário era e continua sendo incontrolável. Melhor seria ter culpado o COVID-19 pelos estouros inflacionários e aguardo o seu retorno, sem movimentos bruscos.
Se o dólar se valorizar, o IGP-M voltará a se movimentar. Mas isto não está muito no radar, da mesma forma que não esta no radar a moeda americana perder valor frente ao real. Sendo assim, o IGP-M deve ficar mais estável e o IPCA deve mostrar sua fome de correção.
Faltam mais 2 anos de inflação no IPCA na ordem de 8% ao ano. Para fugir disto e ainda equilibrar a base (p.e. puxando o IGP-M para baixo), algum remédio teria que ser prescrito e pode ser que seja muito amargo para o estado do paciente.
Novamente tivemos pouco movimento no mercado de forma geral, semana passada os dados se mantiveram estáveis, essa semana apenas janeiro apresentou mudança. Veja abaixo:
Utilizando os dados de fechamento de mercado coletados no dia 5 de Dezembro, as expectativas de mercado foram:
Taxa SELIC atual: 12,25% a.a.
Decisão de Dezembro/23:
Decisão de Janeiro/23:
Decisão de Março/24:
Dezembro uma vez mais mostra que o mercado está alinhado com o COPOM para uma queda de 0,5 ponto percentual na Selic com 100% nessa direção. É certo que a queda sera de 0,5 apenas na semana que vem aos olhos de todos.
Janeiro apresentou a unica mudança dessa semana, o mercado na mesmana semana passada estava estavel em de 35% na direção de 0,50, a outra parte estava em 65% indo na direção de redução de 0,75, Agora temos o mercado dividido na metade, o que fez essa mudança e divisão do mercado é uma incognita.
Para março continuamos com o mesmo cenário pela terceira semana com o mercado ainda dividido, 50% aposta em uma redução de 0,75, os outros 50% em uma redução de 1,00. O interessante é notar que onde o Bacen delimitou a ação baliza bem o mercado, já o território desconhecido tem as apostas divididas, ou seja, a unica certeza é que uma metade vai perder.
A expectativa do mercado pela primeira vez em nossos estudos se manteve estável, ou melhor, com mudanças tão irrisórias que não afetam a análise. Assim, seguem os resultados dessa semana:
Utilizando os dados de fechamento de mercado coletados no dia 21 de Novembro, as expectativas de mercado foram:
Taxa SELIC atual: 12,25% a.a.
Decisão de Dezembro/23:
Decisão de Janeiro/23:
Decisão de Março/24:
Dezembro, como vimos semana passada, o mercado está alinhado com o COPOM para uma queda de 0,5 ponto percentual na Selic com 100% das apostas e era esperado este valor se manter estável dado que o BACEN deu sinal da direção.
Janeiro tem o mercado na mesma orientação de 35% acreditando que a taxa Selic irá se reduzir em apenas 0,50, a parte majoritária de 65% indo na direção de redução de 0,75.
Para março temos o mercado ainda dividido e de forma estável desde a semana passada, 50% aposta em uma redução de 0,75, os outros 50% em uma redução de 1,00. Sem grandes mudanças temos boa parte do mercado vendo aceleração na redução da taxa. Uma semana sem grandes movimentações mas mostrando o mercado estável em suas decisões, será que teremos grandes movimentações até o fim do ano, leitor? COPOM de dezembro promete.
Tivemos os resultado final do COPOM e o mercado estava razoavelmente alinhado com a promessa do Bacen como vimos nos posts anteriores. A Selic caiu mais 0,5 ponto percentual, agora nos aproximando do fim do ano e também da janela de promessas do Bacen temos 2024 como solo fértil para novas incertezas como apontado na ultima ata.
Utilizando os dados de fechamento de mercado coletados no dia 21 de Novembro, as expectativas de mercado foram:
Taxa SELIC atual: 12,25% a.a.
Decisão de Dezembro/23:
Decisão de Janeiro/23:
Decisão de Março/24:
Dezembro temos o esperado, mercado alinhado com o COPOM para uma queda de 0,5 ponto percentual na Selic com 100% das apostas. Como nos anteriores e dada a constância do Bacen não deve haver grandes divergências entre o mercado e o Bacen até o fim de 2023 e devemos observar esse comportamento nas semanas seguintes.
No primeiro COPOM de 2024 a expectativa esta mais direcionada a uma aceleração na velocidade de queda da taxa Selic, 35% do mercado acredita que a taxa Selic irá se reduzir em apenas 0,50 , a parte majoritária de 65% preve uma redução de 0,75.
Para março temos o mercado dividido, 50% aposta em uma redução de 0,75, os outros 50% em uma redução de 1,00. Confirmando que o mercado esta aguardando uma redução cada vez mais agressiva por parte do COPOM para o ano que vem. Com isso tudo teremos uma Selic de 11,75 ao fim do ano de presente de natal e iniciaremos 2024 com certas incertezas, e você leitor? Acredita que 2024 acelera ou desacelera a redução?
Nesse post, discutiremos a expectativa de inflação do mercado e confrontaremos com a última divulgação do relatório FOCUS e expandiremos nossa série, acrescentando o ano de 2024 na análise.
Vale ressaltar que o reltório FOCUS aponta as expectativas do mercado, porém, seus resultados podem divergir dos preços de mercado de fato. Dito isso, cabe a essa análise, verificar e apontar as divergências entre as expectativas de mercado e o que o relatório FOCUS demonstra.
Na última segunda-feira (06/11), o FOCUS apontou para uma expectativa de terminarmos o ano com uma inflação de 4,63%. Ao analisarmos as expectativas de mercado, por meio dos contratos de derivativos negociados para IPCA, observamos que o mercado se apresenta com um otimismo maior, apostando em uma inflação abaixo do que foi apontado no relatório, precificando a inflação em 4,58%.
O comportamento das apostas do FOCUS para a inflação tem passado por um reajuste para baixo nas últimas semanas, comportamento esse que tem sido replicado pelo mercado. Isso nos leva a crer que mercado e FOCUS estão caminhando para uma mesma direção para 2023.
O relatório FOCUS retrata as expecativas de mercado sob a ótica dos seus maiores participantes. Essas expectativas nem sempre convergem com o que o mercado acredita, e é isso que podemos enxergar no gráfico acima. Apesar das apostas seguirem o mesmo caminho quando analisamos o ano de 2023, se acrescentarmos o ano de 2024 à análise, vemos apostas bem diferentes para a inflação. No gráfico é possível observar as expectativas de mercado na linha transparente, que por sua vez representa o acumulado da variação mensal da inflação em 2024.
Enquanto o FOCUS aponta para uma inflação de 3,91% para 2024, os contratos negociados de IPCA demonstram uma aposta dos agentes do mercado para uma inflação muito acima do apontado pelo relatório, encerrando em 4,37%. Destacar o motivo dessa diferença não é uma tarefa fácil, porém o ambiente de incertezas sobre a capacidade do governo em cumprir as metas fiscais para 2024 podem ter parcela nessa diferença de expectativas. O que podemos afirmar é que a média das expectativas que compõem o relatório FOCUS não está próximo do que o mercado tem apostado e precificado para o ano.