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Bancos de Spread - Recall

December 17, 2017
Luiz Veiga

Meta Selic

Em post anterior, Bancos de Spread e Bancos de Risco, foram apontadas considerações sobre o processo de transformação de um tipo de banco em outro. Basicamente, a cultura sobre o uso de derivativos.O objetivo, agora, é outro. Discutir sobre o timing.Timing é um componente tão importante quanto a própria decisão pela estratégia em si. É necessário acertar ambos (ou errar pouco no conjunto): timing e estratégia.

Abandonar o perfil de banco de risco, com o padrão de captar num fator de risco e emprestar em outro, é a estratégia.

Decidir quando fazer, é o timing.

O gráfico acima representa o histórico da meta SELIC estabelecida pelo COPOM (COmitê de POlítica Monetária) para controle da inflação. Desconsiderando o descasamento entre a decisão da meta pelo comitê e inflação real, é possível perceber que os patamares atuais da SELIC representam uma segunda oportunidade de timing. Este é o recall.

Evidências

Comparando as situações econômica de 2013 com 2017, há dados para refletir se estamos num cenário de maior ou menor incerteza. Vale mencionar alguns breves fatos.

  • as agências de risco, a partir de 2015, rebaixaram o rating país para categoria especulativa. Foi o fim do selo de investimento necessário para muitos investidores institucionais internacionais.
  • o resultado primário do país, que segundo a própria definição do Banco Central "evidencia o esforço fiscal do setor público livre da 'carga' dos deficits incorridos no passado" acumula nos últimos 3 anos (2015 a 2017) quase 350 bilhões de deficit
  • a dívida pública total, que indica a necessidade de financiamento/poupança apresenta um crescimento médio anual nos últimos 3 anos de 13,89% a.a.

Sobre estes breves fatos, vale ainda acrescentar que 2018 é um ano de incertezas políticas grandes, reformar dúbias, inócuas e algumas temerárias.Como talvez alguns concordem, o cenário é de mais do que incerteza. Alguns pontos ainda permanecem obscuros, como o dólar. Está tão estável que convence os discordantes de que a situação não é como os números mostram. O futuro dirá.Para os concordantes, e, novamente desconsiderando o descasamento meta e inflação, a hora é agora. Este é um dos raros momentos do qual nos arrependeremos no futuro se não observarmos. É uma grande oportunidade de alinhamento econômico e estratégico para bancos decididos em reduzir seu risco e virarem bancos de spread.Este recall vale por tempo determinado.

8° Congresso Internacional de Mercados - B3

June 26, 2017
Luiz Veiga

A Élin Duxus é patrocinadora do 8º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, da B3 (BMF, Bovespa, CETIP), que acontecerá nos dias 24 a 26 de agosto de 2017, em Campos de Jordão, São Paulo.

Foto: Juliana Cintra

9° Congresso de Fundos de Investimentos

March 7, 2017
Luiz Veiga

A Élin Duxus é patrocinadora do 9º Congresso de Fundos de Internacional da Anbima, que acontecerá nos dias 10 e 11 de maio de 2017, na Bienal do Ibirapuera em São Paulo.

Bancos de Spread e Bancos de Risco

May 31, 2016
Luiz Veiga

O perigoso uso de derivativos

Derivativos

Bancos de spread são bancos que trabalham fatores de risco idênticos na captação e nas suas operações de crédito. São normalmente bem equilibrados em termos de duration (prazo) e volume de operações. Podem ou não usar ou não derivativos de forma intensa.Bancos de risco, por outro lado, são os que operam com fatores de risco diferentes. A maioria dos bancos nacionais se enquadra nesta categoria, com captações pós-fixadas e empréstimos pré-fixados. Normalmente, não usam derivativos na sua carteira banking (operações normais de cŕedito).Recentemente, alguns bancos de risco (maioria) começou a se sentir incomodada com as exposições nos fatores pré-fixados, principalmente nas leituras de VaR das suas carteiras banking. A leitura por stress nestes bancos também incomoda muito, pois são muito sensíveis a oscilações pequenas das taxas. A discussão mais frequente para este incômodo passou pelo uso de derivativos para reduzir estas exposições.Quando, então, um banco deve usar derivativos para reduzir o risco da carteira?

  • banco de spread: sempre que achar necessário
  • banco de risco: nunca

Importante ressaltar que este “impedimento” de uso de derivativos para bancos de riscos nada tem a ver com capacitação das equipes. Este “impedimento” tem a ver com a forma de mensuração de resultados destes bancos.Bancos de risco devem primeiro se transformar, inteira ou parcialmente, em bancos de spread. Assim, podem decidir pelo uso ou não de derivativos para hedge e/ou trava de spreads.O uso de derivativos antes da transformação de banco de riscos para banco de spread, costuma ter só dois resultados:1) no caso de ajustes positivos, uma valorização temporária dos membros da equipe2) no caso de ajustes negativos, um cadastro permanente em banco de currículos.

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