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Matalotagem de Crédito e Índice de Arrasto

October 5, 2015
Luiz Veiga

[caption id="attachment_270" align="aligncenter" width="367"]

Obra de Vicente do Rego Monteiro, da Galeria do BACEN

Obra de Vicente do Rego Monteiro, da Galeria do BACEN[/caption]O sistema bancário é fiscalizado e acompanhado. Esta é, pelo menos, a crença comum.Este processo de fiscalização e acompanhamento, ou supervisão bancária, é realizado através de muitas informações enviadas para o Banco Central do Brasil e também através do cumprimento de várias regras de conduta.Dentre estas regras, existe a matalotagem (do jargão naval) ou simplesmente a provisão de crédito.Provisão de crédito representa o valor financeiro que os bancos separam no seu balanço para honrar possíveis inadimplências da carteira. É relacionada com o atraso que a operação está sofrendo nos seus pagamentos, mas também pode estar influenciada por um certo conservadorismo da provisão. Por exemplo, mesmo operações sem atrasos podem ser parcialmente provisionadas por representarem uma perda potencial. Ou seja, são arrastadas para uma provisão pior.No limite, o valor da operação pode ser integralmente provisionado, mas não se pode provisionar todas as operações, pois faltaria recursos ao banco (por causa da alavancagem normal da atividade financeira).Outra regra importante cumprida pelos bancos é o envio do estado atual de todas as operações ao Banco Central. Realizado mensalmente, corresponde a um arquivo enorme de dados de operações de clientes. Este arquivo é recebido e analisado pelo legislador.De posse destas duas informações, pode-se determinar o Índice de Arrasto de um banco.Índice de Arrasto corresponde à relação entre a classificação da carteira de crédito com o objetivo de provisão de inadimplência (real ou não) versus os atrasos reais em andamento. Ou seja, bancos muito conservadores ou que estão esperando piora no cenário econômico têm a tendência a classificar pior e provisionar mais. Bancos mais arriscados ou que esperam melhoras no cenário, a tendência a provisionar menos.O gráfico abaixo representa a relação entre PR (patrimônio de referência dos bancos) e este índice de arrasto.

Arrasto

Os valores acima não contemplam atrasos no exterior, o que causaria um índice menor.Aspectos intrigantes dos resultados:

  • Não há um consenso de provisão, nem mesmo em bancos do mesmo tamanho
  • Alguns bancos simplesmente praticam um arrastão (eixo direito para não inviabilizar a escala). Um deles pratica um múltiplo de 450 (provisiona 450 vezes pior do que o real!).
  • Bancos comerciais e bancos de investimentos têm mecânicas de arrastos diferentes, mas nem entre eles há consenso (conclusão obtida pelos dados)

Aplicando um zoom sobre os bancos e desprezando os arrastões, pode-se evidenciar melhor as discrepâncias entre tamanhos semelhantes.

Arrasto Zoom

Levando em conta que estes dados foram obtidos com informações oficiais e divulgadas dos bancos e que uma provisão maior representa uma retenção de lucros, sobram algumas perguntas:

  • Por que existe uma dispersão tão grande nestes arrastos de provisão, mesmo em bancos tão semelhantes? Há bancos comerciais com 1,0 e outros com 30.
  • Como as provisões reduzem o lucro, bancos muito conservadores estariam prejudicando seus acionistas (que recebem lucros e dividendos)?
  • As informações envidas ao legislador estão corretas ou há alguma erronia nos dados?

As respostas são difíceis, mas há algumas suspeitas....qual a sua?As informações foram obtidas a partir do Sistema TRISK, integrante da Plataforma Integrada de Risco Duxus (https://www.duxus.com.br), que possui indicadores de inadimplência e arrasto de instituições financeiras.

Ranking de Risco Bancário - jun/15

September 7, 2015
Luiz Veiga

ranking-junho-15

Quanto mais alto, melhor!InstituiçãoRankingTendênciaCAIXA ECONÔMICA FEDERAL95,80 ▲PARANÁ92,35 ▲PARANÁ (C)92,35 ▲BRADESCO (C)92,30 ▲ ITAÚ-BBA91,70 - BMG (C)91,50 ▲ BRB - BCO DE BRASÍLIA (C)91,25 ▲BANESE91,05 ▲CITIBANK91,05 ▲BANCOOB90,05 ▲BANCOOB (C)90,05 ▲ CSF - CARREFOUR90,00 ▲RODOBENS89,90 ▲RENDIMENTO89,80 ▼RENDIMENTO (C)89,80 ▼ BARCLAYS (C)89,20 ▲ DAYCOVAL88,25 ▲ BANPARÁ88,20 ▲ OPPORTUNITY (C)88,00 -CITIBANK (C)87,55 ▲ BNP PARIBAS87,50 ▲CNH CAPITAL87,35 ▲ALFA (C)86,95 ▲ BTG PACTUAL (C)86,30 ▼ BRDE86,25 ▲FIDIS86,15 ▲ INDUSCRED86,00 ▲ ALFA85,95 ▲ OPPORTUNITY85,75 ▼ BASA85,55 ▲ BARCLAYS85,45 ▲ BGN85,25 ▲TRIÂNGULO85,20 ▼ CARGILL85,00 ▲ BRADESCARD85,00 ▲ NATIXIS BRASIL85,00 ▼ ITAÚ (C)84,50 ▼ SOCIÉTÉ GÉNÉRALE84,30 ▲MERCEDES-BENZ84,25 ▼ JOHN DEERE84,20 ▲ING BANK N.V.84,00 ▼ING BANK N.V. (C)84,00 ▼ BDMG83,75 ▼ BEXS - DIDIER LEVY83,75 ▲ BANRISUL83,50 ▼ BANRISUL (C)83,50 ▼ CREDIT SUISSE83,25 ▲ CLÁSSICO82,50 ▲RABOBANK82,50 ▼ BRB - BCO DE BRASÍLIA82,50 ▼ABC BRASIL82,30 ▼ BM&F82,30 ▲ BRADESCO82,30 ▲ RANDON82,25 ▲ LUSO BRASILEIRO82,25 ▲ BEXS - DIDIER LEVY (C)82,25 ▲BANCO DO BRASIL82,05 ▼BANCO DO BRASIL (C)82,05 ▼MERCEDES-BENZ (C)82,00 ▼ PSA FINANCE BRASIL81,75 ▼ HONDA81,70 - HONDA (C)81,70 - PINE81,25 ▲ MERCANTIL DO BRASIL81,20 ▼ MERCANTIL DO BRASIL (C)81,20 ▲ GUANABARA81,00 ▲ INTERCAP81,00 ▲ BANIF (C)81,00 ▲ VOTORANTIM (C)80,30 ▼ SEMEAR80,25 ▲SOFISA80,15 ▼COOPERATIVO SICREDI80,10 ▼ BNB - BCO DO NORDESTE80,05 ▼ABC-BRASIL (C)80,05 ▼ BOAVISTA80,00 ▼ DEUTSCHE BANK80,00 ▼ DEUTSCHE BANK (C)80,00 ▼ SCANIA79,75 ▲SANTANDER79,55 ▲SANTANDER (C)79,55 ▼SAFRA (C)79,55 ▼ STANDARD79,50 ▲ ORIGINAL (C)79,50 ▼BANESTES79,45 ▲BANESTE (C)79,45 ▲ A.J. RENNER79,25 ▼ INDUSTRIAL79,25 ▲ INDUSTRIAL (C)79,25 ▲ BBM (C)79,00 ▲ PORTO REAL78,50 ▲ CONFIDENCE DE CÂMBIO (C)78,50 ▼ BARIGUI (C)78,50 ▲ TOYOTA78,20 ▲ BANDES78,00 ▲ PAN78,00 ▼ SCHAHIN - BCV78,00 ▼ PAN (C)78,00 ▼VOLKSWAGEN77,50 ▲ INVESTCRED UNIBANCO77,50 - LAGE LANDEN76,70 ▼ VOLVO76,70 ▲ SAFRA76,55 ▼ ORIGINAL76,50 ▼ WESTERN UNION (C)76,50 ▼ MORGAN STANLEY (C)76,50 ▲ BNY MELLON (C)76,00 ▼ ITAÚ UNIBANCO75,80 ▲ FIAT - ITÁU VEÍCULOS75,50 ▲ VOTORANTIM75,30 ▼ MIZUHO (C)75,25 ▲INTERMEDIUM75,05 ▼ VR75,00 ▼ VR (C)75,00 ▼ STANDARD CHARTERED74,75 ▲ GMAC74,50 ▼ LA REP. ORIENTAL URUGUAY73,75 ▼ MERRILL LYNCH (C)73,75 ▲ MORGAN STANLEY73,50 ▲ RIBEIRÃO PRETO73,25 ▲ ARBI72,25 ▲ MIZUHO72,25 ▲ TOPÁZIO72,00 ▼ MONEO71,75 ▼ PAULISTA71,55 ▼ BMG71,25 ▲ GE CAPITAL71,20 ▼ BANIF71,00 ▲ CÉDULA70,75 ▲ WOORI BANK70,75 ▲ OURINVEST70,50 ▼ WESTERN UNION70,50 ▼ BIC - INDUSTRIAL E COM.70,45 ▼ BNDES69,80 ▼ BTG PACTUAL69,80 ▼ MÁXIMA69,75 ▲ MÁXIMA (C)69,75 ▲ BBM69,00 ▲ PETRA69,00 ▼ HSBC68,75 ▼ YAMAHA MOTOR68,50 - BNY MELLON68,50 ▼ CONFIDENCE DE CÂMBIO68,50 ▼ CATERPILLAR68,45 ▼ BIC - BANCO INDUSTRIAL & COMERCIAL S.A (C)68,20 ▼ BONSUCESSO67,50 ▲ CAIXA GERAL BRASIL67,20 ▲ MERRILL LYNCH67,00 ▼ BR PARTNERS BI66,50 ▲ BR PARTNERS BI (C)66,50 ▲ MODAL66,25 ▲TOKYO-MITSUBISHI65,50 ▼ SUMITOMO MITSUI65,45 ▼ ORIGINAL DO AGRO65,00 ▲ GOLDMAN SACHS (C)65,00 ▲ TRICURY64,70 ▼ FORD64,00 ▼ PECÚNIA63,55 ▼ GOLDMAN SACHS63,50 ▲ CAIXA GERAL BRASIL (C)63,45 ▼ KEB DO BRASIL63,00 ▼ IBM62,00 ▲ MAXINVEST61,75 ▼ FATOR61,05 ▼ LA PROV. DE BUENOS AIRES60,50 ▲ BPN BRASIL BM60,25 ▼ LEMON - BRACCE60,00 ▼ POTTENCIAL60,00 ▼ FIBRA58,70 ▼ BES (C)58,45 ▲ LA NACION ARGENTINA58,00 ▲ VIPAL56,50 ▼ NOVO BCO CONTINENTAL56,50 ▲ CACIQUE56,05 ▼ CHINA56,00 ▼ BES55,45 ▼ J.P. MORGAN (C)55,00 ▼ DRESDNER BANK54,25 ▲ INDUSVAL53,95 ▼ FATOR (C)53,55 ▼ J.P. MORGAN53,50 ▼ CAPITAL52,50 ▼ GERADOR52,00 ▼ INDUSVAL (C)51,45 ▼ CALYON51,20 ▼ BRASIL PLURAL49,50 ▲ AZTECA45,00 ▼ CIT - COMM. INV. TRUST44,50 ▲C -ConglomeradosValores de conglomerados são comparados com conglomerados apenas, apesar de representados em conjunto. Estes, podem divergir da instituição isolada.As informações foram obtidas a partir do Sistema TRISK, integrante da Plataforma Integrada de Risco Duxus (https://www.duxus.com.br). O resultado foi produzido com base num cenário pessoal de ranqueamento de instituições.

VaR - Value at Risk - Parte III

August 8, 2015
Luiz Veiga

ibovespa

Na parte I e II, foi apontada a confiança em 95%, a tolerância de 1%, que define o histórico de tempo e o decaimento prévio - e ainda não razoável - de 0,94.Falta definir amostragem, multiplicidade de ativos e validação do modelo. Neste tópico, será tratada a amostragem. AmostragemA amostragem representa a periodicidade com que os dados históricos são coletados e utilizados. Parece uma decisão simples, mas não é.No Brasil, é muito comum os dados serem diários e em dias úteis. Uma sofisticação presente apenas em países em desenvolvimento. Em outras partes do mundo, há outras amostragens, principalmente a mensal.A opção por dados diários ou mensais está muito relacionada ao custo de processamento da informação. Custo aqui significa não apenas processamento sistêmico, mas também o custo de coleta, de tratamento e armazenamento dos dados e também de análise dos resultados. Em outras palavras, VaR é caro para ser gerado e analisado. VaR diário é muito bom e muito caro.A escolha de uma ou outra amostragem gera a questão de como se analisar outros horizontes de tempo. Quem vem resolver este problema é a regra da raiz quadrada do tempo. É claro que surgem exigências na distribuição de dados para aplicação desta regra, mas nada que já não esteja sendo exigido desde o início. Com esta regra, pode-se passar de um horizonte diário para um mensal e vice versa e mesmo extrapolar para horizontes maiores ainda, cuidando apenas para não exigir demais da regra. Ótima solução.Outro problema - menor - que surge com amostragens temporais é a escolha dos intervalos. Por exemplo, se for semanal, pode acontecer deum ponto cair num feriado e distorcer um pouco a série.Uma atenção especial na escolha da amostragem e no uso da regra do tempo é para não se realizar combinações sem sentido econômico e muitas vezes enganosas.Para exemplificar melhor este último cuidado, pode-se observar o gráfico abaixo contendo um histórico de retornos diários (bons e caros) do Ibovespa.

case1

Em seguida, e de olho nos custos, alterna-se para uma amostragem de 21 dias úteis.

case3

Neste ponto, já é possível observar que a amostragem 21 possui uma volatilidade maior, mas que equivalerá à amostragem diária após a multiplicação por raiz de 21 (regra da raiz quadrada do tempo).Uma vez observadas amostragens corretas, é possível analisar a próxima tentativa.

case2

Esta última plotagem representa a amostragem diária de um retorno de 21 dias úteis. Ou seja, a amostragem é diária mas a série foi modificada para "retornos 21"(?!).Algumas conclusões muito relevantes:

  • a série modificada não respeita os quesitos de distribuição homogênea de variância nem de normalidade da distribuição
  • se fosse uma distribuição normal, se fosse, a volatilidade destes retornos seria amortecida por se comparar pontos distantes 21 dias (lei dos grandes números) e não pontos diários como na série original
  • o uso de um retorno de 21 dias, induz ao raciocínio de que o resultado seria a volatilidade do retorno para este intervalo de tempo e não a volatilidade diária deste retorno modificado (que não tem sentido prático).

Em resumo, a escolha no Brasil é normalmente por séries diárias. Isto é cultural. Para outros horizontes, utiliza-se a regra do tempo mesmo. Algumas vezes, são solicitadas amostragens mensais, mas o resultado é muito semelhante ao anterior.Infelizmente, também se percebe no mercado amostragens alquimistas muito divertidas, mas muito inapropriadas para o que desejam medir: risco.O modelo de VaR, suas variações e parâmetros são ferramentas do Sistema de Risco de Mercado, integrante da Plataforma Integrada de Risco Duxus (https://www.duxus.com.br).

Itaú, Bradesco e o HSBC - Marcando a Proa

August 8, 2015
Luiz Veiga

Robert Sheidt

Recentemente, foi anunciada o encerramento das operações do HSBC no Brasil e, na sequência, a compra das operações do HSBC pelo Bradesco.O que vem depois?Nas olimpíadas de 2000 em Sidney, o velejador britânico Ben Ainslie competiu com o grande atleta e velejador brasileiro Robert Sheidt pela medalha de ouro com uma estratégia simples: marcou seu adversário. Só isso. Deu certo e o britânico ficou com o ouro.Marcar o adversário é simples e pode funcionar.O Itaú é hoje o maior banco do país. E assim permanecerá após a união de Bradesco e HSBC. Ou seja, é o líder. É o alvo. É o benchmark a ser acompanhado. É a proa.A tabela abaixo mostra a carteira de crédito do Itaú.ITAÚ (Consolidado)Crédito (R$ Mil)%Market Share %Total do ExteriorR$ 209.342.07836,40%46,50%Total da Carteira PFR$ 203.663.66435,40%14,00%Indústrias de TransformaçãoR$ 56.669.0369,90%12,70%Comércio, Reparação de Veículos Automotores e MotocicletasR$ 36.128.9806,30%12,30%OutrosR$ 24.820.8344,30%10,20%Transporte, Armazenagem e CorreioR$ 15.466.1322,70%9,60%ConstruçãoR$ 13.121.2162,30%11,70%Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e AquiculturaR$ 7.129.3441,20%14,20%Serviços Industriais de Utilidade PúblicaR$ 6.501.5931,10%4,50%Indústrias ExtrativasR$ 1.756.2880,30%4,50%Total não IndividualizadoR$ 59.5840,00%21,50%Administração Pública, Defesa e Seguridade SocialR$ 4.9070,00%0,00%Atividade não Informada ou não se AplicaR$ 7900,00%0,00%TotalR$ 574.664.446100%Considerando a compra da carteira do HSBC de forma integral e desconsiderando-se a possibilidade de operações coligadas entre Bradesco e HSBC, pode-se montar a carteira combinada do novo Bradesco pela simples adição de suas operações.BRADESCO (Consolidado) + HSBCCrédito (R$ Mil)%Market Share %Total da Carteira PFR$ 160.604.02033,92%11,00%Total do ExteriorR$ 114.680.81524,22%23,10%Indústrias de TransformaçãoR$ 52.787.02911,15%8,80%Comércio, Reparação de Veículos Automotores e MotocicletasR$ 49.053.27810,36%12,80%OutrosR$ 36.274.0337,66%12,80%Transporte, Armazenagem e CorreioR$ 18.737.3093,96%10,60%ConstruçãoR$ 24.727.8995,22%19,80%Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e AquiculturaR$ 8.119.8101,71%14,00%Serviços Industriais de Utilidade PúblicaR$ 6.061.1181,28%3,70%Indústrias ExtrativasR$ 2.346.9340,50%5,40%Total não IndividualizadoR$ 87.8810,02%29,50%Administração Pública, Defesa e Seguridade SocialR$ 7.5170,00%0,00%Atividade não Informada ou não se AplicaR$ 1.9290,00%0,00%TotalR$ 473.489.572100%-Utilizando o Itaú como referência, é possível determinar a diferença entre ambos e inferir sobre a próxima aquisição ideal do Bradesco.Próxima aquisiçãoCrédito (R$ Mil)%Total do ExteriorR$ 88.982.84962,64%Total da Carteira PFR$ 48.738.05834,31%Indústrias de TransformaçãoR$ 3.882.0072,73%Serviços Industriais de Utilidade PúblicaR$ 440.4750,31%TotalR$ 142.043.389100%Resumindo: para seguir a proa, falta um banco a ser adquirido com mais foco em operações no exterior do que na pessoa física ou na indústria doméstica.Quem será este candidato?O Sistema TRISK, integrante da Plataforma Integrada de Risco Duxus (https://www.duxus.com.br) possui informações históricas para análise e comparação da carteira de crédito de instituições financeiras individuais e conglomerados.

Hotsite TRISK

July 30, 2015
Luiz Veiga

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Novo hotsite do sistema de ranking TRISK!

HotSiteTRISK

VaR – Value at Risk – Parte II

July 28, 2015
Luiz Veiga

Distribuição Normal

Na Parte I do VaR foi possível definir brevemente o que é VaR e abordar seu primeiro detalhe, a Confiança do VaR.Agora, será abordado o próximo detalhe: o modelo EWMA - Exponentially Weighted Moving Average - ou, simplesmente, Decaimento Exponencial (e seus desdobramentos).A conclusão da Parte I foi a sugestão de uma confiança de 95% para não se exigir mais do que o modelo de VaR pode oferecer. Importante ainda ressaltar que a confiança deve ser única para o VaR, o que significa dizer que não se utilizar várias confianças (uma para cara série financeira) ao mesmo tempo. Esta unicidade da confiança será melhor abordada quando mencionada a validação de modelo nos próximos capítulos.De posse da confiança, tem-se o decaimento exponencial, uma solução inteligente para um problema grande.Decaimento ExponencialA matéria prima para determinação do risco é, como vimos na Parte I, uma série equivalente ao logaritmo dos retornos dos preços dos ativos financeiros, a fim de se obter uma nova série com distribuição normal (série gaussiana).Na ótica de risco, quanto mais oscilar esta série, maior o risco do ativo. Esta oscilação é, para uma série gaussiana, representada pela sua volatilidade ou pelo seu desvio padrão, ao qual ainda será aplicado o multiplicador da confiança escolhida para se determinar o risco final.A forma básica de cálculo de desvio padrão consiste em calcular a distância de cada ponto da amostra em relação ao ponto médio da mesma amostra. Com isto, determina-se uma distância média em relação à própria média. Em termos mais rígidos, o desvio padrão é a raiz quadrada da soma quadrática destas distâncias. Os "quadrados" aparecem para evitar o efeito da anulação de distâncias positivas (ponto da amostra maior do que a média) e distâncias negativas (ponto da amostra menor do que a média).O uso da mecânica básica do desvio padrão tem algumas ressalvas:1) Utilizando o cálculo desta distância média, todos os pontos da amostra contribuem da mesma forma. Ou seja, um ponto mais recente tem a mesma participação na distância média que um ponto bem no passado da série. Parece sedutora a idéia contrária de valorizar as oscilações (distâncias) mais recentes.2) Como o desvio padrão representa uma média, a escolha de quantos pontos devem ser utilizados passa a ser muito importante. Uma série com 30 pontos é bem diferente de uma série com 252 (1 ano) ou mesmo com 504 (2 anos) pontos.Neste ponto, aparece o EWMA como solução.Decaimento exponencial significa que pontos mais velhos têm uma importância inferior a pontos mais recentes segundo uma lógica exponencial. Por exemplo, utilizando-se 0,94 de decaimento, equivale a dizer que a importância dos pontos é reduzida em 6% a medida que a amostra caminha para o passado. Ou seja, calibrando esta perda de importância, pode-se valorizar mais a informação mais recente em detrimento da informação mais antiga.Como consequência deste decaimento exponencial, a perda de importância do passado (6% para cada ponto com 0,94 de decaimento) nunca chegará a 0, mas chegará a um limite onde a importância do ponto é tão pequena que pode ser desprezada. Este limite de desprezo do passado é a Tolerância do modelo EWMA de VaR.TolerânciaA tolerância é uma consequência do uso do decaimento exponencial, pois não se utiliza o conceito de tamanho da amostra, como na forma básica do desvio padrão. O tamanho é definido pela tolerância e não a tolerância pelo tamanho. É comum encontrar instituições que utilizam 252 dias para tamanho da amostra por entenderem que 1 ano (em dias úteis) representaria um clico econômico consistente. O raciocínio sobre ciclo - independente do prazo - está correto, mas o raciocínio sobre tamanho, não. Em EWMA não existe tamanho, existe tolerância.Definir tolerância é definir quanto da volatilidade anciã será desprezada:

  • 1% parece uma tolerância razoável - considerou-se 99% da entropia da amostra
  • 0,1% para uma intolerância razoável - considerou-se 99,9% da entropia da amostra

Mas qual é o tamanho da amostra?Com decaimento exponencial, que valoriza a informação recente e tolerância, que define o desprezo do passado, determina-se o tamanho da amostra de dados a ser utilizada.Por exemplo, para o decaimento de 0,94 e uma tolerância de 1%, são utilizados apenas 3 meses e meio de dados da série. No mesmo exemplo, para os intolerantes de 0,1%, são utilizados apenas 5 meses e meio de dados da série. Utilizar 252 neste cenário, não faz sentido!Como resumo, a Parte II apresenta a definição do decaimento exponencial e sua respectiva tolerância. Outros detalhes ainda serão explorados depois. Por enquanto, utilizar uma tolerância de 1% é razoável. Já para o decaimento, pode-se dizer apenas que utilizar um decaimento de 0,94 NÃO é razoável, ainda não.Quais parâmetros você usa?O modelo de VaR, suas variações e parâmetros são ferramentas do Sistema de Risco de Mercado, integrante da Plataforma Integrada de Risco Duxus (https://www.duxus.com.br).

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